sábado, 5 de maio de 2012

Parodia e Intertextualidade

paródia tem como elemento principal, na maioria das vezes, a comédia, ou seja, a partir da estrutura de um poema, música, filme, obras de arte ou qualquer gênero que tenha um enredo que possa ser modificado. Mantém-se o esqueleto, isto é, características que remetam à produção original, como por exemplo o ritmo – no caso de canções – mas modifica-se o sentido. Com cunho, em muitos casos, cômico, provocativo e/ou retratação de algum tema que esteja em alta no contexto abordado (Brasil, mundo política, esporte, entre outros).
Paródia da Bom Bril.
Paródia da Bom Bril.
O novo contexto empregado à estrutura do que já existia passa por um processo deintertextualização  para o leitor, ouvinte, espectador. Para compreender a intenção da paródia, às vezes, é necessário um pré-conhecimento do objeto inicial, por isso, em geral, opta-se por parodiar obras que sejam conhecidas pelo público a ser atingido.
Utilizada também em propagandas, a paródia é um meio de familiarizar o produto em questão com as pessoas alvo. É o caso da lã de aço “Assolan”, que em seus comerciais televisivos parodia músicas de alguns grupos e/ou cantores que estão na mídia, isto é, canções que, normalmente, a sociedade já ouviu e, com isso, mantendo o ritmo e mudando a letra, os espectadores gravam consciente ou inconscientemente os trocadilhos e acabam adquirindo determinado item.
Retornando à marca “Assolan”, sua reformulação em cima de “Festa no apê – Latino” foi a seguinte:
Original
“Hoje é festa lá no meu apê, pode aparecer, vai rolar bundalelê …
…Chega aí, pode entrar, quem ta aqui, ta em casa
é festa lá no meu apê, pode aparecer, vai rolar bundalelê …”
Paródia
“A família não para de crescer, usou, passou, limpou, é Assolan fenômeno
Lã de aço, têm esponjas, panos multiuso, saponáceos
Hoje é festa na casa e no apê, usou, passou, limpou, é Assolan fenômeno (bis)”
Esse gênero textual até encontra um lugar em meio às leis brasileiras, que diz o seguinte: “Segundo a lei brasileira sobre direitos autorais, Lei 9.610/98 Art. 47. São livres as paráfrases e paródias que não forem verdadeiras reproduções da obra originária nem lhe implicarem descrédito”. Essa permissão deve existir em função de a paródia ter se tornado uma ferramenta usada em muitos meios e profissões com os mais variados fins.

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