segunda-feira, 11 de junho de 2012

Atualidade


Avanços e desafios na Rio+20

Brasil apresenta avanços e desafios na Rio+20. País destaca ações de proteção ambiental, inclusão social e produção sustentável.

Rio+20
Rio+20
O fato de o Rio de Janeiro voltar a ser o palco do debate internacional sobre desenvolvimento sustentável é uma nova oportunidade para a busca do consenso em torno da união de três conceitos: proteção ambiental, crescimento econômico e inclusão social. Como anfitrião da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, o Brasil tem o papel de acolher a diversidade presente nas delegações dos países, mas também deve explorar tanto a sua capacidade de diálogo como seu protagonismo em ações sustentáveis para incluir o tema como prioridade global.
A política brasileira tem sido guiada por esse fio condutor há vinte anos, desde a Rio-92. No Pavilhão Brasil, serão mostradas as políticas públicas nacionais que têm a preocupação com o desenvolvimento sustentável presente de forma transversal a todas elas. Dois aspectos fundamentais na atividade econômica, a produção de alimentos e de energia, contam com iniciativas gestadas sob a ótica do desenvolvimento sustentável.
A matriz energética mais limpa e renovável do mundo está sendo mantida com investimentos em fontes de energia hídricas, eólicas e biomassa. Na produção de biocombustíveis, o pacto entre governo, trabalhadores e empresários na cadeia produtiva do etanol garante a manutenção de parâmetros sociais e ambientais. E o programa de biodiesel é uma das políticas de geração de renda para agricultores familiares, que amplia a segurança alimentar no campo. Há também a compra de produtos para a merenda escolar e para programas e entidades sociais, que passaram de 135,8 mil toneladas, em 2003, para 462,4 mil, em 2010.
A estratégia de inclusão produtiva no campo, por meio do apoio às famílias agricultoras, tem sido uma ferramenta crucial no Plano Brasil Sem Miséria, que visa erradicar a pobreza extrema até 2014.
Ao mesmo tempo a agricultura empresarial brasileira, produtora de commodities, também tem um compromisso de tornar a sua atividade um exemplo de economia de baixo carbono e de expansão da produtividade sem ampliar a área plantada e recuperando territórios degradados. A adesão à linha de crédito facilitada para tornar as plantações mais sustentáveis do ponto de vista ambiental soma R$ 5 bilhões em contratos firmados desde a safra de 2008/09 até a atual (2011/12).
Inclusão social – Do ponto de vista brasileiro, o conceito de “economia verde inclusiva” levará a um ciclo sustentável de desenvolvimento, com a incorporação de bilhões de pessoas à economia. Além de estabelecer esse consenso, o desafio também implica o acesso dos países ao conhecimento, recursos financeiros e tecnológicos.
A “economia verde inclusiva” já é o objetivo de políticas públicas de vários países, na forma de programas em áreas como transferência de renda, apoio à conservação e recuperação ambiental, fomento àqueles que vivem da reciclagem de resíduos sólidos e o uso de tecnologias com maior eficiência energética. Em muitos casos, especialmente na América Latina e África, o Brasil tem apoiado essas iniciativas com recursos e assistência técnica.