quinta-feira, 31 de maio de 2012

Letra

De pé, ó vitimas da fome
De pé, famélicos da terra
Da ideia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra
Cortai o mal bem pelo fundo
De pé, de pé, não mais senhores
Se nada somos em tal mundo
Sejamos tudo, ó produtores
Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
Senhores, Patrões, chefes supremos
Nada esperamos de nenhum
Sejamos nós que conquistemos
A terra mãe livre e comum
Para não ter protestos vãos
Para sair desse antro estreito
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós nos diz respeito
Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
O crime de rico, a lei o cobre
O Estado esmaga o oprimido
Não há direitos para o pobre
Ao rico tudo é permitido
À opressão não mais sujeitos
Somos iguais todos os seres
Não mais deveres sem direitos
Não mais direitos sem deveres
Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
Abomináveis na grandeza
Os reis da mina e da fornalha
Edificaram a riqueza
Sobre o suor de quem trabalha
Todo o produto de quem sua
A corja rica o recolheu
Querendo que ela o restitua
O povo só quer o que é seu
Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
Nós fomos de fumo embriagados
Paz entre nós, guerra aos senhores
Façamos greve de soldados
Somos irmãos, trabalhadores
Se a raça vil, cheia de galas
Nos quer à força canibais
Logo verás que as nossas balas
São para os nossos generais
Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
Pois somos do povo os ativos
Trabalhador forte e fecundo
Pertence a Terra aos produtivos
Ó parasitas deixai o mundo
Ó parasitas que te nutres
Do nosso sangue a gotejar
Se nos faltarem os abutres
Não deixa o sol de fulgurar
Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional

A Internacional

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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[carece de fontes?]
L'Internationale
"A Internacional"
L'Internationale.jpg

Panfleto de L'Internationale (1888).
Hino de  União Soviética
Letra Eugène Pottier, 1871
Composição Pierre De Geyter, 1888
Adotado 1922
Até 1944
A Internacional (em francês: L'Internationale) é um famoso hino socialista, sendo também uma das canções mais conhecidas de todo o mundo.
A letra original da canção foi escrita em francês em 1871 por Eugène Pottier (1816-1887), que havia sido um dos membros da Comuna de Paris. A intenção de Pottier era a de que o poema fosse cantado ao ritmo da Marselhesa. Em 1888, Pierre De Geyter (1848–1932) transformou o poema em música.
A Internacional se ganhou particular notoriedade entre 1922 e 1944, quando se tornou o hino da União Soviética. Desde então, foi traduzida em inúmeros idiomas. A canção é tradicionalmente cantada com o punho fechado ao ar. Apesar de estar associada aos movimentos socialistas, A Internacional também serve de hino para comunistas, social democratas e anarquistas.

sábado, 5 de maio de 2012

Gênero cotidiano


RELATO, E.MAIL, CARTA PESSOAL, DIÁRIO


Nas aulas de redação estudamos textos da ordem do relatar, os quais comportam os gêneros pertencentes ao domínio social da memorização e documentação das experiências humanas, situando-as no tempo.


Exemplos de gêneros da ordem do relatar encontramos: o relato de experiências vividas, diários íntimos, diários de viagem, notícias, reportagens, crônicas jornalísticas, relatos históricos biografias, autobiografias, testemunhos, etc.


Na Internet podemos encontrar muitos desses gêneros da ordem do relatar. O sitehttp://www.blogger.com/www.museudapessoa.com.bré um espaço virtual que contêm relatos de experiências vividas, relatos históricos, entre outros. Outro site é o Portal do Envelhecimentohttp://www.portaldoenvelhecimento.net/principal/principal.htm, que possui vários espaços para relatos "de pessoas idosas" e "para pessoas idosas". O blog da Vovó Neuza é um diário íntimo de uma senhora muito simpática, excelente escritora que relata suas experiências de vida, o endereço do blog éhttp://vovoneuza.blogspot.com/.


Sua tarefa será fazer uma visita a cada um desses sites e observar os gêneros do relatar existentes nos sites, eleger o mais interessante e fazer um relato seu sobre esta navegação

Gêneros de textos


Gênero Textual ou Gênero de Texto se refere às diferentes formas de expressão textual. Nos estudos da Literatura, temos, por exemplo, poesiacrônicascontosprosa, narrativa ,etc.
Para a Linguística, os gêneros textuais englobam estes e todos os textos produzidos por usuários de uma língua. Assim, ao lado da crônica, do conto, vamos também identificar a carta pessoal, a conversa telefônica, o email, e tantos outros exemplares de gêneros que circulam em nossa sociedade.
Quanto à forma ou estrutura das sequências linguísticas encontradas em cada texto, podemos classificá-los dentro dos tipos textuais a partir de suas estruturas e estilos composicionais.
Schneuwly e Dolz publicaram um quadro onde as tipologias são cruzadas com os gêneros. Desse quadro é possível deduzir que é tão importante ensinar as tipologias quanto os gêneros. Para os dois autores, há cinco tipologias que é preciso considerar no ensino de língua. Cada uma dessas tipologias é mobilizada pelas pessoas que se comunicam em diferentes gêneros, mas cada gênero exige um maior ou menor domínio de cada uma delas. É importante considerar que usamos todas essas capacidades em gêneros diversos. Por exemplo, num conto, usamos predominantemente a capacidade de narrar, mas podemos colocar personagens discutindo um assunto, e então aparecerá a capacidade de argumentar.

[editar]Gêneros Orais e Escritos na Escola

Domínios sociais de comunicaçãoAspectos tipológicosCapacidade de linguagem dominanteExemplo de gêneros orais e escritos
Cultura Literária FiccionalNarrarMimeses de ação através da criação da intriga no dominio do verossímil[Conto Maravilhoso], Conto de Fadas, fábula, lenda,narrativa de aventura, narrativa de ficção cientifica, narrativa de enigma, narrativa mítica, sketch ou história engraçada, biografia romanceada, romance, romance histórico, novela fantástica, conto, crônica literária, adivinha, piada
Documentação e memorização das ações humanasRelatarRepresentação pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempoRelato de experiência vivida, relato de viagem, diário íntimo, testemunho, anedota ou caso, autobiografia, curriculum vitae, noticia, reportagem, crônica social, crônica esportiva, histórico, relato histórico, ensaio ou perfil biográfico, biografia
Discussão de problemas sociais controversosArgumentarSustentação, refutação e negociação de tomadas de posiçãoTextos de opinião, diálogo argumentativo, carta de leitor, carta de solicitação, deliberação informal, debate regrado, assembleia, discurso de defesa (advocacia), discurso de acusação (advocacia), resenha crítica, artigos de opinião ou assinados, editorial, ensaio
Transmissão e construção de saberesExporApresentação textual de diferentes formas dos saberesTexto expositivo, exposição oral, seminário, conferência, comunicação oral, palestra, entrevista de especialista, verbete, artigo enciclopédico, texto explicativo, tomada de notas, resumo de textos expositivos e explicativos, resenha, relatório científico, relatório oral de experiência
Instruções e prescriçõesDescrever açõesRegulação mútua de comportamentosInstruções de montagem, receita, regulamento, regras de jogo, instruções de uso, comandos diversos, textos prescritivos
Sempre que nos manifestamos linguisticamente, o fazemos por meio de textos. E cada texto realiza sempre um gênero textual. Cada vez que nos expressamos linguisticamente estamos fazendo algo social, estamos agindo, estamos trabalhando. Cada produção textual, oral ou escrita, realiza um gênero porque é um trabalho social e discursivo. As práticas sociais é que determinam o gênero adequado.Mas o que então pode ser classificado como gênero textual? Pode–se dizer que os gêneros textuais estão intimamente ligados à nossa situação cotidiana. Eles existem como mecanismo de organização das atividades sociocomunicativas do dia-a-dia. Assim caracterizam-se como eventos textuais maleáveis e dinâmicos. Vejamos: Nas sociedades modernas, trabalho e obtenção de dinheiro estão intrinsecamente ligados. Por isso, muitas vezes não percebemos que algumas de nossas atividades cotidianas não remuneradas também são trabalho. O trabalho representa, na sociedade em que vivemos, para cada indivíduo, uma forma de se situar na sociedade, sendo ele remunerado ou não. Por isso trabalho é parte integrante da vida de cada um de nós.Nessa perspectiva, a linguagem é um dos nossos mais relevantes trabalhos.
Bernard Schneuwly é professor de didática do ensino de língua na Universidade de Genebra, na Suíça, e vem desenvolvendo juntamente com outros professores da mesma universidade (entre eles, Joaquim Dolz) uma série de estudos sobre ensino e aprendizagem de língua. Se desejar saber mais, leia: SCHNEUWLY, B. Gêneros e tipos de discurso: considerações psicológicas e ontogenéticas, In. / tradução e organização ROJO, R.; CORDEIRO, G. S., Gêneros orais e escritos na escola, Campinas, SP: Mercado das Letras, 2004.

[editar]Gêneros textuais

Gêneros textuais são tipos especificos de textos de qualquer natureza, literários ou não-literários.
Modalidades discursivas constituem as estruturas e as funções sociais (narrativas, discursivas, argumentativas) utilizadas como formas de organizar a linguagem. Dessa forma, podem ser considerados exemplos de gêneros textuais: anúncios, convites, atlas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, cartazes, comédias, contos de fadas, crônicas, editoriais, ensaios, entrevistas, contratos, decretos, discursos políticos, histórias, instruções de uso, letras de música, leis, mensagens, notícias. São textos que circulam no mundo, que têm uma função específica, para um público específico e com características próprias. Aliás, essas características peculiares de um gênero discursivo nos permitem abordar aspectos da textualidade, tais como coerência e coesão textuais, impessoalidade, técnicas de argumentação e outros aspectos pertinentes ao gênero em questão.

Semântica


Semântica é o estudo do sentido das palavras de uma língua.
Na língua portuguesa, o significado das palavras leva em consideração:
Sinonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos: Exemplos: Cômico - engraçado / Débil - fraco, frágil / Distante - afastado, remoto.
Antonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados diferentes, contrários, isto é, os antônimos: Exemplos: Economizar - gastar / Bem - mal / Bom - ruim.
Homonímia: É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica, ou seja, os homônimos:
As homônimas podem ser:
Homógrafas: palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia. Exemplos: gosto (substantivo) - gosto / (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo gostar) / conserto (substantivo) - conserto (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo consertar);
Homófonas: palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita. Exemplos: cela (substantivo) - sela (verbo) / cessão (substantivo) - sessão (substantivo) / cerrar (verbo) - serrar ( verbo);
Perfeitas: palavras iguais na pronúncia e na escrita. Exemplos: cura (verbo) - cura (substantivo) / verão (verbo) - verão (substantivo) / cedo (verbo) - cedo (advérbio);
Paronímia: É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita, isto é, os parônimos: Exemplos: cavaleiro - cavalheiro / absolver - absorver / comprimento - cumprimento/ aura (atmosfera) - áurea (dourada)/ conjectura (suposição) - conjuntura (situação decorrente dos acontecimentos)/ descriminar (desculpabilizar - discriminar (diferenciar)/ desfolhar (tirar ou perder as folhas) - folhear (passar as folhas de uma publicação)/ despercebido (não notado) - desapercebido (desacautelado)/ geminada (duplicada) - germinada (que germinou)/ mugir (soltar mugidos) - mungir (ordenhar)/ percursor (que percorre) - precursor (que antecipa os outros)/ sobrescrever (endereçar) - subscrever (aprovar, assinar)/ veicular (transmitir) - vincular (ligar) / descrição - discrição / onicolor - unicolor.
Polissemia: É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados. Exemplos: Ele ocupa um alto posto na empresa. / Abasteci meu carro no posto da esquina. / Os convites eram de graça. / Os fiéis agradecem a graça recebida.
Homonímia: Identidade fonética entre formas de significados e origem completamente distintos. Exemplos: São(Presente do verbo ser) - São (santo)
Conotação e Denotação:
Conotação é o uso da palavra com um significado diferente do original, criado pelo contexto. Exemplos: Você tem um coração de pedra.
Denotação é o uso da palavra com o seu sentido original. Exemplos: Pedra é um corpo duro e sólido, da natureza das rochas.

Elementos da Comunicação

Emissor – o que emite a mensagem. 
Receptor – o que recebe a mensagem. 
Mensagem – o conjunto de informações transmitidas. 
Código – a combinação de signos utilizados na transmissão de uma mensagem. A comunicação só se concretizará, se o receptor souber decodificar a mensagem. 
Canal de Comunicação – por onde a mensagem é transmitida: TV, rádio, jornal, revista, cordas vocais, ar... 
Contexto – a situação a que a mensagem se refere, também chamado de referente. 
Ruído – qualquer perturbação na comunicação. 

Funções da Linguagem


Para entendermos com clareza as funções da linguagem, é bom primeiramente conhecermos as etapas da comunicação.
Ao contrário do que muitos pensam, a comunicação não acontece somente quando falamos, estabelecemos um diálogo ou redigimos um texto, ela se faz presente em todos (ou quase todos) os momentos.
Comunicamo-nos com nossos colegas de trabalho, com o livro que lemos, com a revista, com os documentos que manuseamos, através de nossos gestos, ações, até mesmo através de um beijo de “boa-noite”.

É o que diz Bordenave quando se refere à comunicação:
A comunicação confunde-se com a própria vida. Temos tanta
consciência de que comunicamos como de que respiramos ou
andamos. Somente percebemos a sua essencial importância
quando, por acidente ou uma doença, perdemos a capacidade
de nos comunicar. (Bordenave, 1986. p.17-9)
No ato de comunicação, percebemos a existência de alguns elementos, são eles:

a) emissor: é aquele que envia a mensagem (pode ser uma única pessoa ou um grupo de pessoas).
b) mensagem: é o contéudo (assunto) das informações que ora são transmitidas.

c) receptor: é aquele a quem a mensagem é endereçada (um indivíduo ou um grupo), também conhecido como destinatário.
d) canal de comunicação: é o meio pelo qual a mensagem é transmitida.

e) código: é o conjunto de signos e de regras de combinação desses signos utilizado para elaborar a mensagem: o emissor codifica aquilo que o receptor irá decodificar.
f) contexto: é o objeto ou a situação a que a mensagem se refere.

Partindo desses seis elementos, Roman Jakobson, linguista russo, elaborou estudos acerca das funções da linguagem, os quais são muito úteis para a análise e produção de textos. As seis funções são:

1. Função referencial: referente é o objeto ou situação de que a mensagem trata. A função referencial privilegia justamente o referente da mensagem, buscando transmitir informações objetivas sobre ele. Essa função predomina nos textos de caráter científico e é privilegiado nos textos jornalísticos.

2. Função emotiva: através dessa função, o emissor imprime no texto as marcas de sua atitude pessoal: emoções, avaliações, opiniões. O leitor sente no texto a presença do emissor.

3. Função conativa: essa função procura organizar o texto de forma que se imponha sobre o receptor da mensagem, persuadindo-o, seduzindo-o. Nas mensagens em que predomina essa função, busca-se envolver o leitor com o conteúdo transmitido, levando-o a adotar este ou aquele comportamento.

4.Função fática: a palavra fático significa “ruído, rumor”. Foi utilizada inicialmente para designar certas formas usadas para chamar a atenção (ruídos como psiu, ahn, ei). Essa função ocorre quando a mensagem se orienta sobre o canal de comunicação ou contato, buscando verificar e fortalecer sua eficiência.

5. Função metalinguística: quando a linguagem se volta sobre si mesma, transformando-se em seu próprio referente, ocorre a função metalinguística.

6. Função poética: quando a mensagem é elaborada de forma inovadora e imprevista, utilizando combinações sonoras ou rítmicas, jogos de imagem ou de ideias, temos a manifestação da função poética da linguagem. Essa função é capaz de despertar no leitor prazer estético e surpresa. É explorado na poesia e em textos publicitários.

Essas funções não são exploradas isoladamente; de modo geral, ocorre a superposição de várias delas. Há, no entanto, aquela que se sobressai, assim podemos identificar a finalidade principal do texto.

Símbolos, Ícones e Índices

Os ícones são signos que guardam uma relação de semelhança com a coisa representada. São o tipo de signo mais fácil de ser reconhecido. Não é necessário qualquer tipo de treino especial para identificar uma fotografia de um gato. Basta ter já visto um gato. Exemplos de ícones são fotografias, desenhos, representações figuradas, estátuas, filmes, imagens.









Os símbolos são signos muito mais complexos. Imagina-se que eles só tenham surgido numa fase mais avançada da civilização humana. Os símbolos não guardam qualquer relação de semelhança ou de contiguidade com a coisa representada. A relação é puramente cultural e arbitrária. Para compreender um símbolo, é necessário aprender o que ele significa. Exemplos de símbolos são os logótipos de marcas, os símbolos próprios da matemática entre outros.

Os índices, talvez os primeiros signos utilizados pelo homem, têm uma relação com contiguidade com a coisa representada. Como pela experiência vemos um e outro juntos, passamos a estabelecer uma associação de uma coisa a outra. Por exemplo, nuvens negras indicam chuva, marcas de pneus no chão indiciam uma travagem rápida.

Linguagem Verbal e Linguagem Não-Verbal


O que é linguagem? É o uso da língua como forma de expressão e comunicação entre as pessoas. Agora, a linguagem não é somente um conjunto de palavras faladas ou escritas, mas também de gestos e imagens. Afinal, não nos comunicamos apenas pela fala ou escrita, não é verdade?

Então, a linguagem pode ser verbalizada, e daí vem a analogia ao verbo. Você já tentou se pronunciar sem utilizar o verbo? Se não, tente, e verá que é impossível se ter algo fundamentado e coerente! Assim, a linguagem verbal é que se utiliza de palavras quando se fala ou quando se escreve.

A linguagem pode ser não verbal, ao contrário da verbal, não se utiliza do vocábulo, das palavras para se comunicar. O objetivo, neste caso, não é de expor verbalmente o que se quer dizer ou o que se está pensando, mas se utilizar de outros meios comunicativos, como: placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou seja, dos signos visuais.

Vejamos: um texto narrativo, uma carta, o diálogo, uma entrevista, uma reportagem no jornal escrito ou televisionado, um bilhete? Linguagem verbal!

Agora: o semáforo, o apito do juiz numa partida de futebol, o cartão vermelho, o cartão amarelo, uma dança, o aviso de “não fume” ou de “silêncio”, o bocejo, a identificação de “feminino” e “masculino” através de figuras na porta do banheiro, as placas de trânsito? Linguagem não verbal!

A linguagem pode ser ainda verbal e não verbal ao mesmo tempo, como nos casos das charges, cartoons e anúncios publicitários.

Observe alguns exemplos:
Cartão vermelho – denúncia de falta grave no futebol.

   Charge do autor Tacho – exemplo de linguagem verbal (óxente, polo norte 2100) e não verbal (imagem: sol, cactus, pinguim).
 Placas de trânsito – à frente “proibido andar de bicicleta”, atrás “quebra-molas”.

  Símbolo que se coloca na porta para indicar “sanitário masculino”.

Imagem indicativa de “silêncio”.

  Semáforo com sinal amarelo advertindo “atenção”. 

Literatura dos jesuítas


Literatura dos jesuítas, como o próprio título indica, foi criada pelos Jesuítas e era voltada principalmente para o trabalho de catequese.
A título de catequizar o "gentio" e, mais tarde, a serviço da Contra-Reforma Católica, os jesuítas logo cedo se fizeram presentes em terras brasileiras. Marcaram essa presença não só pelo trabalho de aculturação indígena, mas também através da produção literária, constituida de poesias de fundamentação religiosa, intelectual despojadas, simples no vocabulário, fácil e ingênuo.
Também através do teatro, catequizador e por isso mesmo pedagógico, os jesuitas realizaram seu trabalho. As peças, escritas em medida velha, mesclam dogmas católicos com usos indígenas para que, gradativamente, verdades cristãs fossem sendo inseridas e assimiladas pelos índios. O autor mais importante dessa atividade é o Padre José de Anchieta. Além de autor dramático, foi também poeta e pesquisador da cultura indígena, chegando a escrever um dicionário da língua tupi-guarani.
Em suas peças, Anchieta explorava o tema religioso, quase sempre opondo os demônios indígenas, que colocavam as aldeias em perigo, aos santos católicos, que vinham salvá-las.
A literatura jesuítica foi consequência da Contra-Reforma.
A principal preocupação dos jesuítas era o trabalho de catequese, objetivo que determinou toda a sua produção literária, tanto na poesia como no teatro. Mesmo assim, do ponto de vista estético, foi a melhor produção literária do Quinhentismo brasileiro.
Além da poesia de devoção, os jesuítas cultivaram o teatro de caráter pedagógico, baseado em trechos bíblicos, e as cartas que informavam aos superiores na Europa o andamento dos trabalhos na Colônia. José de Anchieta se propôs ao estudo da língua tupi-guarani e é considerado o precursor do teatro no Brasil. Sua obra já apresenta traços barrocos.

LITERATURA INFORMATIVA


O presente artigo é fruto da curiosidade causada pela pouca quantidade de informações que constam dos livros  didáticos de Literatura Brasileira a respeito do primeiro   período  literário do país, denominado LITERATURA  INFORMATIVA (Século XVI). Faltariam informações sobre a Literatura  Informativa? A redundância que propositadamente usamos nessa pergunta nos leva a crer que sim. Por isso, pretendemos mostrar nesta pesquisa que, apesar de ocupar poucas páginas nos livros didáticos ou, até, às vezes, poucos parágrafos, tal literatura é  de extrema importância para os estudos literários , não só porque consiste nos primeiros documentos históricos/literários escritos no país, mas também porque o adjetivo INFORMATIVA atribuído a ela mascara as intenções contidas nesses documentos, que revelam nas suas linhas e entrelinhas que o "achamento" do Brasil foi um verdadeiro "achado".
Na sua "História Concisa da Literatura Brasileira"(1) Alfredo Bosi salienta que, embora a Literatura Informativa enquanto meramente um conjunto de informações sobre o Brasil recém  descoberto, na opinião de muitos, não  pertença à categoria do literário ( na de José Veríssimo, por exemplo), essa literatura "interessa como reflexo da visão de mundo e da linguagem  que nos legaram os primeiros  observadores do país”. (grifo nosso)
 Tal período "pré-histórico" de nossas letras contém obras que dão ao brasileiro da atualidade  a certeza de que algo deu errado na colonização do  Brasil : afinal, onde  estão as riquezas  (sempre abundantes ), as paisagens e os índios minuciosamente caracterizados nesses documentos ?

1. "NAVEGAR  É PRECISO, VIVER NÃO É PRECISO"
 "Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:
"Navegar é preciso, viver não é preciso"
Quero para mim o espírito dessa frase,
transformada a forma para casar com o que eu sou:
viver não é necessário; o que é necessário é criar"  ("Palavras de Pórtico", Fernando Pessoa )

Portugal, ao lado da Espanha, lidera as GRANDES NAVEGAÇÕES no final do século XV e pelo século XVI, sem dúvida, o episódio  mais importante de toda a sua história, pois desde então os grandes feitos do peito ilustre lusitano da época, esplendorosamente cantado por Camões na sua epopéia "Os Lusíadas", vêm sendo recantado, recontado e revivido no decorrer  dessa história, principalmente nos seus momentos mais cruciais, em que se faz necessário dar uma "injeção de ânimo" no povo português: não é à toa que o nacionalismo e a tradição histórica  consistem nos principais ingredientes das primeiras obras românticas produzidas no país, Romantismo esse que tem como obra que marca o seu início nada mais, nada menos, que  "Camões", de Almeida Garret, exatamente no momento em que Portugal tenta renascer das cinzas resultantes da invasão das tropas napoleônicas ali ocorrida, tudo isso em pleno século  XIX; não podemos nos esquecer também do que ocorreu no início deste século, do período que  sucede a instauração da República em Portugal (1910), em que as páginas de glórias da história   portuguesa - o período das grandes navegações - são relembradas num clima de saudosismo  nas revistas  literárias de caráter nacionalista, das quais a "Revista Águia" é o principal exemplo.
      Navegar, portanto, é preciso sempre em Portugal: no sentido literal da palavra, nem tanto, mas "navegar" na  lembrança tem sido uma constante na  vida portuguesa, de Camões a  Fernando Pessoa:

"O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está
A memória das naus." 

Camões


onsiderado o poeta da nacionalidade, através da epopeia moderna Os Lusíadas, Luís Vaz de Camões teve uma existência atribulada, atendendo ao pouco que dela se conhece. Estudou em Coimbra, esteve em Ceuta e lutou na Índia, tendo entretanto perdido um olho, e, após o seu regresso a Lisboa, frequenta o Paço, mas vive com dificuldades, de uma pensão régia exígua, não vendo reconhecido o seu mérito.

O Gigante Adamastor. Imagem inserta em Os Lusíadas, Lisboa, Marujo Editora, 1985
Nascido em 1525, morre em 1580, após o que a sua reputação como grande poeta se firma e não cessa de aumentar, sobretudo depois da perda da independência, cujo sentimento a sua epopeia intensifica.
Cultivou também o teatro, mas afirma-se sobretudo na poesia lírica (Rimas), com grande variedade de géneros: sonetos, canções, éclogas, redondilhas, etc..
É o grande poeta do maneirismo português, pela filiação na tradição clássica à maneira renascentista, mas sensível ao conhecimento pela experiência que a época e as viagens lhe permitem.
A sua obra é enriquecida por uma vivência sensível do sentimento e do saber, modulada na imitação dos antigos mas permeável às marcas contemporâneas de uma existência em mutação. Por isso ela se caracteriza por uma enorme complexidade, na qual sobressai a vivência aguda de tensões que comunicam ao seu lirismo uma agudeza simultaneamente experiencial e literária.
Busque Amor novas artes, novo engenho
para matar-me, e novas esquivanças;
que não pode tirar-me as esperanças,
que mal me tirará o que não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho
Vede que perigosas seguranças!
 Que não temo contrastes, nem mudanças,
 andando em bravo mar, perdido o lenho.

 Mas, conquanto não pode haver desgosto
 onde esperança falta, lá me esconde
 Amor um mal que mata e não se vê.

 Que dias há que na alma me tem posto
 um não sei quê, que nasce não sei onde,
 vem não sei como e dói não sei porquê.

William Shakespeare


William Shakespeare (Stratford-upon-Avon26 de Abril de 1564 — Stratford-upon-Avon, 23 de Abril de 1616)[1] foi um poeta edramaturgo inglês, tido como o maior escritor do idioma inglês e o mais influente dramaturgo do mundo.[2] É chamado frequentemente de poeta nacional da Inglaterra e de "Bardo do Avon" (ou simplesmente The Bard, "O Bardo"). De suas obras restaram até os dias de hoje 38 peças,[3] 154 sonetos, dois longos poemas narrativos, e diversos outros poemas. Suas peças foram traduzidas para os principais idiomas do globo, e são encenadas mais do que as de qualquer outro dramaturgo.[4] Muitos de seus textos e temas, especialmente os do teatro, permaneceram vivos até aos nossos dias, sendo revisitados com frequência peloteatrotelevisãocinema e literatura. Entre suas obras mais conhecidas estão Romeu e Julieta, que se tornou a história de amor por excelência, e Hamlet, que possui uma das frases mais conhecidas da língua inglesa: To be or not to be: that's the question(Ser ou não ser, eis a questão).
Shakespeare nasceu e foi criado em Stratford-upon-Avon. Aos 18 anos, segundo alguns estudiosos, casou-se com Anne Hathaway, que lhe concedeu três filhos: Susanna, e os gêmeos Hamnet e Judith. Entre 1585 e 1592 William começou uma carreira bem-sucedida em Londres como ator, escritor e um dos proprietários da companhia de teatro chamada Lord Chamberlain's Men, mais tarde conhecida como King's Men. Acredita-se que ele tenha retornado a Stratford em torno de 1613, morrendo três anos depois. Restaram poucos registros da vida privada de Shakespeare, e existem muitas especulações sobre assuntos como a sua aparência física, sexualidadecrenças religiosas, e se algumas das obras que lhe são atribuídas teriam sido escritas por outros autores.[5]
Shakespeare produziu a maior parte de sua obra entre 1590 e 1613. Suas primeiras peças eram principalmente comédias e obras baseadas em eventos e personagens históricos, gêneros que ele levou ao ápice da sofisticação e do talento artístico ao fim doséculo XVI. A partir de então escreveu apenas tragédias até por volta de 1608, incluindo HamletRei Lear e Macbeth, consideradas algumas das obras mais importantes na língua inglesa. Na sua última fase, escreveu um conjuntos de peças classificadas como tragicomédias ou romances, e colaborou com outros dramaturgos. Diversas de suas peças foram publicadas, em edições com variados graus de qualidade e precisão, durante sua vida. Em 1623 dois de seus antigos colegas de teatro publicaram o chamadoFirst Folio, uma coletánea de suas obras dramáticas que incluía todas as peças (com a exceção de duas) reconhecidas atualmente como sendo de sua autoria.
Shakespeare foi um poeta e dramaturgo respeitado em sua própria época, mas sua reputação só viria a atingir o nível em que se encontra hoje no século XIX. Os românticos, especialmente, aclamaram a genialidade de Shakespeare, e os vitorianos idolatraram-no como um herói, com uma reverência que George Bernard Shaw chamava de "bardolatria".[6] No século XX sua obra foi adotada e redescoberta repetidamente por novos movimentos, tanto na academia e quanto na performance. Suas peças permanecem extremamente populares hoje em dia e são estudadas, encenadas e reinterpretadas constantemente, em diversos contextos culturais e políticos, por todo o mundo.

As palavras são como os patifes desde o momento em que as promessas os desonraram. Elas tornaram-se de tal maneira impostoras que me repugna servir-me delas para provar que tenho razão.